Como fazer GEL DENTAL NATURAL em casa? Sem Flúor e Vegano

Olá, hoje viemos trazer um post com uma versão melhorada e mais estável de GEL DENTAL NATURAL sem Flúor e Vegano.

Por favor leia o post inteiro para entender um pouco sobre as questões que envolvem o uso de Flúor na Saúde Pública, e se possível, leia os artigos citados nas Referências Bibliográficas

Um pouco sobre o Flúor

O Flúor (F) ou Fluoreto, trata-se de um dos compostos químicos eletronegativos com a décima terceira maior disponibilidade na natureza, sendo encontrado naturalmente no ar, solo e nas águas (o que proporciona à ele uma grande capacidade de reação com outros elementos). Sabe-se também que bem como nos ambientes naturais, os fluoretos podem ser encontrados com facilidade em alimentos e produtos sintéticos, sendo estes em sua maioria produtos e materiais odontológicos.

Embora a crosta terrestre seja constituída somente de 0,065% de flúor, o mesmo pode ser considerado um elemento onipresente, ou seja, que está em todas as partes ao mesmo 10 tempo. Distribuindo-se desde vulcões e suas emanações, passando por diferentes rochas e ambientes, além de estar presente em todas as partes de uma planta.

Pouco se divulga a respeito da utilização do flúor nos materiais sintéticos, e uma vez que as pesquisas realizadas quase não são publicadas torna-se difícil apresentar este tema de modo concreto. Entretanto, sabe-se que o flúor tem sua utilização neste ramo em diversos produtos.

Desta forma a ciência busca analisar todos os meios onde o flúor é encontrado, deixando claro que é impossível ao ser humano evitar o consumo quase que diário deste elemento (principalmente na água destinada para consumo).

Aplicações Odontológicas

Sabe-se que os produtos e materiais onde mais é encontrado o flúor são em produtos de responsabilidade odontológica, sendo estes produtos em sua maioria: cremes dentais e produtos que possam ser esfregados ou pincelados sobre os dentes (esmalte dentário, dentre outros). Esta a forma de utilização é denominada aplicação tópica de flúor.

Na década de 1970, a fluoretação tornou-se obrigatória no Brasil, mas foi em 1901 que Frederick Mckay iniciou a utilização do flúor na saúde pública por acreditar que o flúor é um redutor das cáries dentárias.

Após a refeição, as pequenas partículas de comida deixadas na boca se quebram na forma de carboidratos e açúcares, que, por sua vez, são consumidos pelas bactérias na cárie, gerando ácidos. Esses ácidos então, dissolvem minerais do esmalte do dente, um processo chamado desmineralização. Sendo assim, esses ácidos podem tornar os dentes mais frágeis, resultando em cárie.

A saber, quando o flúor atinge o dente, é absorvido pelo esmalte, ajudando a fortalece-lo, restaurando o cálcio e o fósforo perdido, para manter o dente resistente. Esse processo é chamado Remineralização. Quando o flúor está presente durante a Remineralização, os minerais depositados no esmalte do dente auxiliam a fortalecê-lo e evitar a dissolução durante a próxima fase de desmineralização. Assim, o flúor auxilia a interromper e prevenir o processo de formação de cárie.

Os dentistas defendem seu uso e aplicabilidade de diversas formas, apoiando assim a fluoretação da água pelo fato de estar aplicando a dosagem diária de flúor no organismo de forma contínua, atingindo toda a população de modo involuntário.

Em resumo, quando o flúor está presente durante a remineralização, os minerais depositados no esmalte do dente auxiliam a fortalecê-lo e evitar a dissolução durante a próxima fase de desmineralização. Assim, o flúor auxilia a interromper e prevenir o processo de formação de cárie, tanto em adultos como crianças. O que não o extingue de ser considerado por outros estudiosos um agente maléfico quando tratado de forma geral.

Especulação sobre Malefícios

Dentre os malefícios do flúor estão sendo correlacionados estudos que indicam possíveis danos neurológicos, patologias ósseas, tireoide, distúrbios de reprodução, mutações genéticas e o mais conhecido á fluorose dental. Porém não encontramos evidências científicas que de fato corroborem com esses malefícios de forma comprovada.

Alguns estudos indicam que a ingestão do flúor possa causar mais danos à saúde do que benefícios, tanto que em alguns países não é permitida a fluoretação da água com o intuito de prevenção de cáries. Existem cientistas que defendem que o beneficio é menor do que os danos causados. Alguns estudos indicam a influência do flúor na osteoporose, pois, de acordo com estudiosos apesar de o flúor aumentar a densidade do osso, acaba por convertê-lo em uma estrutura anômala, frágil, sujeita a quebrar sem maiores traumas ou provocações.

Outro ponto em estudo é a concentração de flúor nos alimentos e bebidas, tornando-se excessivo ao ser humano acumulando-se na glândula tireoide, nos ossos e rins. No que tange a tireoide, pode causar o hipotireoidismo, que acompanha efeitos de problemas intestinais ligados ao quadro da doença, que interfere na função cardiovascular pela deficiência tireóidea. Além disso, pode causar degeneração óssea e articular, interferindo na síntese do colágeno ocasionando o envelhecimento precoce. Os problemas podem continuar se agravando, pois a toxicidade do flúor pode comprometer o funcionamento intestinal, tornando a digestão mais lenta, flatulência e distensão abdominal.

Importante

Por favor, busque Artigos Científicos para estudar mais sobre essas questões! Baseamos essa pequena revisão bibliográfica no Trabalho realizado por alunos do Curso Técnico de Química do Instituto Federal Catarinense. O link para o estudo está no final do post, dentro de Referências Bibliográficas.

Pensando então em oferecer uma alternativa de Gel Dental Natural, sem Flúor para as pessoas que optam por reduzir sua exposição a esse elemento químico, formulamos um produto que também possui ação bactericida (devido ao Sorbitol). Procure seu Dentista em caso de dúvidas sobre o uso do flúor e o questione sobre seus questionamentos.

Atenção:
Disponibilizamos links de fornecedores parceiros e de confiança, junto com a lista de ingredientes! Se você notar, o nome do ingrediente aparece em cor diferente, isso significa que tem um link associado a ele. Basta clicar no ingrediente que você será direcionado ao link de compra do fornecedor. Alguns links podem estar desatualizados, caso não consiga abrir, nos envie um comentário

Ingredientes Gel Dental Natural

1 – Fase 1

• 30% de Glicerina Vegetal
• 6% de Sorbitol Líquido 70%
• 1,5% de Goma Xantana
• 0,5% de SCI 85%

2 – Fase 2

• 39,5% de Água Destilada
• 0,25% de Sorbato de Potássio (Sistema Conservante)
• 0,25% de Benzoato de Sódio (Sistema Conservante)

3 – Fase 3

• 1% de Plantarem 1200
• 1% de Óleo Essencial de Hortelã Pimenta
• 20% de Dolomita

Observação:
Na Cosmética, é de praxe indicar a quantidade de matéria prima em Porcentagem (%). As fórmulas em porcentagem são perfeitas para que as pessoas possam calcular sua produção em diferentes quantidades/, seja por mudança na demanda, ou pela disponibilidade de espaço em estoque, ou qualquer outra razão. Você tem dificuldade para fazer a conversão de % para peso (g)? Esse conteúdo vai esclarecer suas dúvidas!

Substituições

Indicamos que não faça substituições na fórmula, não use conservantes oleosos como Nipaguard, Spectrastat, pois se trata de um produto aquoso.

Se desejar substituir, faça apenas em ingredientes simples como por exemplo trocar goma xantana por outra goma (sabendo que a textura final será diferente), plantarem 1200 por plantarem 2000, água destilada por algum hidrolato…

Entenda que esse é um produto que terá contato com mucosas sensíveis, e que poderá ser ingerido acidentalmente, então substituições infundadas podem ser prejudiciais à saúde.

Passo a Passo

Em primeiro lugar, pese todos os ingredientes e deixe sua bancada organizada.

Em seguida misture o Sorbitol 70% e Glicerina em um Becker, acrescente a Goma Xantana e misture bem até formar um gel.

Acrescente o SCI e misture bem.

Adicione então os ingredientes da Fase 2 (previamente misturados) na Fase 1 e misture bem.

Então adicione o Plantarem 1200 e o óleo essencial ao Becker principal e misture tudo.

Adicione a Dolomita e misture novamente a fim de que todos os ingredientes estejam bem incorporados.

Medimos o pH e deu na faixa de 6 e 7.

Por fim, envase em um recipiente em forma de bisnaga para minimizar o contato com contaminações.

Resultado Final

Então, esse foi o resultado final do nosso Gel Dental Natural. 

A textura ficou bem semelhante à da Pasta convencional, e a gente adorou o resultado.

Por possuir tensoativos espumantes a pasta faz espuma bem cremosa e o sabor é muito agradável!

Validade

É provável que o prazo de validade varie de 6 meses a 1 ano, dependendo dos Cuidados de Higiene no Manuseio e Conservação. Leia nosso post sobre Boas Práticas de Higiene na Produção de Cosméticos. Se você optar por usar ingredientes vivos e manipulados como Infusões, Gel de Aloe in natura, etc, é provável que a validade do seu produto seja mais curta. Sem dúvida, sempre que fizer alguma alteração em fórmulas, faça testes em pequenos lotes e observe sua estabilidade. E por último, dê preferência a embalagens que você não precisará tocar diretamente no produto.

Por fim, você pode acompanhar o passo a passo em vídeo também:

Assista também à nossa primeira versão de Pasta de Dentes.

E então, o que você achou do nosso Gel Dental Natural? Tem o costume de usar produtos sem flúor na sua rotina de higiene bucal? Nos conte o que achou, e se possuir artigos com comprovação científica sobre o tema polêmico do Flúor, nos envie!

Ah, se acaso você fizer a o produto, venha nos contar sobre sua experiência e o que achou!

Seja um assinante do nosso Clube de Membros e tenha acesso à Conteúdos EXCLUSIVOS, Revista, Grupo, Lives e muito mais! Assine aqui. Conheça todos os Benefícios do Clube aqui. 

Em suma, esperamos que você tenha gostado desse post e qualquer dúvida ou sugestão você pode deixar um comentário.

Então a gente se vê no próximo post! Até lá.

Por Equipe Espiral de Ervas.

Referências Bibliográficas 

Magalhães, Helena I.C. Efeitos do Flúor na Saúde Humana. Acesso em 10 novembro de 2022.

Marques et al. Flúor: Benéfico ou Maléfico?. Acesso em 10 novembro 2022.